Senta que lá vem a história!
Comecei essa “minibiografia” de maneira inversa para quem possa estar interessado apenas nas atividades mais recentes do que fiz. Detalhes de publicações podem ser observadas na aba publicações e/ou no meu lattes. Outras Atividades, relacionadas ao estudo de novas ferramentas, estão na aba postagens, que comecei a escrever recentemente.
Em janeiro de 2023 fiz uma seleção para o cargo de egenheiro agrônomo que a Fundação da UFPR promoveu (FUNPAR) para o Programa de Melhoramento da cana-de-açúcar da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético da Universidade Federal do Paraná (PMGCA/RIDESA/UFPR). Felizmente fui selecionado, e agora fechei o ciclo universitário e entrei formalmente para o mercado de trabalho.
Meu pós-doutoramento em Agronomia (Produção Vegetal) na Universidade Federal do Paraná foi supervisionado pelo professor Ricardo Augusto de Oliveira, coordenador do PMGCA/RIDESA/UFPR.
Durante meu primeiro ano de pós-doutoramento residi em Paranavaí (PR), local estação experimental do PMGCA, onde pude acompanhar diariamente todas as atividades de campo desenvolvidas. Esse período foi importante para entender as necessidades do programa e pensar em como poderia contribuir para facilitar a vida da equipe.
Comecei auxiliando nas rotinas de análises dos mais diversos tipos de experimentos que envolvem todas as fases do programa de melhoramento, buscando comunicar estes resultados de uma maneira simples e objetiva para todo o time. Após um ano na estação experimental, me mudei para Curitiba onde desenvolvi minhas atividades de pesquisa e aplicadas no Centro de Ciências agrarias da Universidade Federal do Paraná. No período em que estive universidade auxiliei discentes da graduação e pós-graduação na de análise de dados.
Com o advento da pandemia em 2020, passei a desenvolver meus trabalhos de maneira remota até o fim do pós-doutoramento em maio de 2022. Durante o período da pandemia, minhas principais atividades estavam relacionadas ao desenvolvimento de dashboards e alguns aplicativos para a obtenção de insights rápidos acerca das mais diferentes fontes de dados (meteorológicos, produção, fitopatológicos) obtidas pelo PMGCA. Durante este período desenvolvi nove dashboards em Power BI e dois aplicativos em Shiny, cada um destes contendo algumas dezenas de visualizações e tabelas de análises.
Meu ponto forte é a aplicação de análise de modelos direcionadas ao melhoramento genético entregando as informações das mais diferentes maneiras (Dashbords, Aplicativos e relatórios). Busco sempre a comunicação com a equipe para entender quais são as necessidades visando entregar as informações da maneira mais objetiva possível. Resumindo, eu gosto de resolver problemas. Para isso utilizo das mais diferentes ferramentas, como GENES, SELEGEN, Power Bi e R, sendo esta última é a minha ferramenta favorita (Este site foi escrito em R/distill).
Isso só foi possível graças as disciplinas cursadas durante a pós-graduação e as demandas (Universidade/Programa de melhoramento) as quais me submeti a buscar a resposta durante toda a minha vida acadêmica. Outras fontes de aprendizado foram diversos livros e cursos on-line.
Minha trajetória acadêmica iniciou-se quando cursei agronomia na Universidade Federal da Paraíba em 2006 –2010. No segundo semestre do curso conheci o laboratório de biotecnologia vegetal e o meu futuro orientador o professor Maílson Monteiro do Rêgo, que lecionava a disciplina de genética. Estagiei durante quase 4 anos com micropropagação (via cultivo in vitro) de várias culturas. A grande influência no que eu queria fazer futuramente veio durante a graduação, em que fui monitor de genética por dois anos.
Com a proximidade do final da graduação eu comecei a “cultivar” a ideia de tentar um mestrado, meu orientador e a esposa dele fizeram o doutorado na Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, e sempre falaram muito bem dos docentes desta instituição. Na verdade, a boa fama da UFV sempre foi forte para todos que passam pelas ciências agrárias/biológicas. Passei na prova do processo de seleção na UFV dando início ao meu mestrado em Genética e Melhoramento, e posteriormente o doutorado no mesmo programa.
Fui orientado pelo professor Leonardo Lopes Behring, no laboratório de bioinformática. O professor Leonardo permitiu que eu escolhesse a cultura que era de meu interesse trabalhar uma vez que o foco do laboratório era análise de dados, independentemente da existência física ou não (in silico) de um experimento para ser analisado.
Nesta época havia um novo boom da cana-de-açúcar, com a popularização cada vez maior dos carros flex além da aptidão natural da cultura para produção de açúcares. Isso fez com que a Monsanto, um grande player no mercado de melhoramento (hoje adquirida pala Bayer), comprasse uma empresa brasileira de melhoramento genético da cana-de-açúcar (CanaVialis). Esses motivos me fizeram iniciar meus estudos de doutorado e mestrado com a cultura da cana-de-açúcar tanto no mestrado quanto no doutorado.
Minha dissertação de mestrado contou com co-orientação do Prof. Márcio Resende Barbosa (coordenador da RIDESA/UFV), e teve como tema principal o estudo da depressão endogâmica em cana-de-açúcar. Já a minha tese de doutorado, buscou desenvolver um índice de seleção baseado em lógica fuzzy para a seleção de clones promissores de cana-energia com dados coletados junto ao programa de melhoramento genético da cana de açúcar do Paraná (RIDESA/UFPR).
Durante seis anos vivenciei a fama do ensino de ponta desta instituição e tive a oportunidade de conviver com excelentes profissionais das mais diversas áreas, dentro de fora da universidade. Todavia, com a proximidade do termino do doutorado fiquei com a sensação que deveria ter sugado mais o conhecimento disponível dentro do programa de melhoramento genético e isso me motivou a fazer o pós-doutorado na UFPR.